sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Glória, Eva Angélica

Rabinos se  indignaram com a apropriação de símbolos judaicos como peças decorativas do Templo de Salomão, inaugurado pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) . Para ortodoxos o bispo Edir Macedo é um ator e o templo um mero cenário. A Federação Israelita se sentiu 'lisonjeada'

Sábado passado teve início a 31ª Bienal de São Paulo que vai até 7 de dezembro e a grande sensação no Pavilhão do Ibiapuera, foi a exibição do curta Inferno, do israelense Yael Bertana, ficção de 22 minutos que simula a implosão do Templo de Salomon da Universal. O galpão de uma escola de samba no Parque Villa-Lobos, centro de São Paulo, foi usado para as filmagens que custou R$ 1 milhão bancados pela galeria de Nova Iorque Petzel. Veja trechos do filme no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=KiZ6uPimkzE

A Universal tenta reproduzir uma 'Jerusalém' da época do Cristo, criando em suas dependências um ambiente judaico-cristão, querendo talvez dar uma maior legitimidade e autenticidade de suas premissas teológicas em detrimento das demais igrejas de orientação cristã (que não são poucas).


Esquecem, os amados irmãos, que Jesus identificava na suntuosidade do Templo de Salomão (o qual Cristo vaticinou que não sobraria pedra sobre pedra) o símbolo do poder temporal, transitório e iludente dos bens mundanos, tesouros que a traça corrói.


O Cristo preferia a simplicidade das sinagogas do interior da Galileia; preferia pregar em barcos rústicos dos pescadores de Cafarnaum ancorados às margens do mar de Tiberíades; proferia seus Sermões nas montanhas e não nos átrios em mármore e alabastro como nos da Grande Fortaleza em Cesareia de Felipe, tampouco os púlpitos de seda e ouro do Templo, agora reerguido em São Paulo faraonicamente pelo Sumo-Sacerdote Edir Macedo.

Orçado pela bagatela de R$ 680 milhões, numa área construída superior a 500 m². Com a presença da atual Presidente da República, do Governador do Estado e do prefeito da Capital paulista, em sua inauguração em 31/07/2014, a obra não teve o seu projeto de reforma aprovado pela Prefeitura de São Paulo e nem obteve o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.



Vendo tudo isso chego a inevitável conclusão é que quase conseguiram reproduzir fielmente o Templo bíblico.

Esqueceram apenas de um detalhe: no Templo original os vendilhões ficavam do lado de fora!




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