domingo, 22 de dezembro de 2013

NEVOU NO MORRO





Noite de natal...
Patamo no morro, cercaram o Borel
O do gorro vermelho não era saci, era Papai Noel
Com soldado-de-chumbo e aviãozinho passando papel

-O que tem nesse saco? Seu véio veiaco
Não adianta fugir
- Eu só tenho presente
Eu sou inocente, pra que vou mentir?
O gordinho deu no pé
Subiu a chaminé e saiu vazado
Mas os veados deixaram na mão
E no trenó sozinho ele tava cercado
Mas foi sonoro o tapa
Que aquele velhinho levou
-Me responda que farinha é essa?
-É neve lá do Pólo Norte, doutor


“Jingle Bell” bate o sino da sirene
Joga o papel que a polícia chegou                                       REFRÃO
Olha a calma vovô, 
Quem não deve não teme

 AUTORIA: Ricardo Bispo, Pakito e Delei do Banjo   















sábado, 7 de dezembro de 2013

ARTE POÉTICA: A Substância da Metáfora


O que será da metáfora
desprovida de sua referencialidade?
Nada, assim como nada, sou eu
sem o seu sorriso imanente
e sem o silêncio loquaz que se interpõe
no intervalo que há entre um e outro beijo
e o hiato que se eterniza brevemente nesse silêncio

Metáfora não é ornamento textual na concretude das palavras
A metáfora é transcendência, palavras em orgasmo,
 aspecto visível e corpóreo do riso das estrelas
a metáfora é um pássaro ébrio hesitando em voar

Com palavras descrevo a realidade
 e com silêncios, redescrevo-a 

quem discernirá a metáfora inscrita implicitamente no silêncio de meu mundo



Samba do bom

'Teu corpo tem cheiro de sangue
Teus lábios tem gosto de fel
Teu peito tem lodo do mangue
Princesa dos quartos de hotel"

COISA RUIM DEMAIS

Samba lindo de Ivor Lancellotti e João Nogueira

Princesa dos quartos de hotel (Belo eufemismo pra palavra 'puta')

João Nogueira, gênio da música brasileira

Curta essa obra-prima no link abaixo:

http://www.sambaderaiz.net/o-homem-dos-quarenta-joao-nogueira/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) acatou denúncia da Associação Brasileira de Difusão do Livro e de alguns consumidores a cerca de uma peça publicitária da Vivo sobre o serviço de Internet Fixa, produzido pela agência DPZ. Conforme denúncia o filme veiculado na Tv e na internet desmerecia o valor social e cultural do livro ao exibir uma cena em que um livro é usado como mero acessório para ajustar uma criança ao assento de uma cadeira em frente ao computador, passando a mensagem de que com o acesso à internet os livros como fonte de saber seriam dispensáveis.


Segundo a relatora do processo, Conselheira Nelcina Tropardi, ao justificar seu voto, embora o anúncio retrate cenas do cotidiano de muitos lares, a publicidade nesse caso deveria adotar uma postura mais conservadora, já que é inegável que o brasileiro lê muito pouco e que o anúncio reforçava, ainda que indiretamente, esse triste panorama. Ainda em seu voto, que foi acolhido por unanimidade, a relatora recomendou a alteração do conteúdo do filme.

DESMANCHA CASÓRIO


 Ela é de extremecer, ela gosta de dançar
Dança mambo, dança tango
Mas seu ramo é sambar
Faz em mim um fuzuê
Quando bota pra quebrar
No olhar uma ternura, na cintura um bambolê
O cavaco ou a viola chora ao seu bel-prazer

Quando ela requebra, cumpadre
É um pega pra capá
Marmanjo se acotovela só pra ver o seu gingar
Vai descendo de mansinho
E o burburinho é notório
Com essa cara de santinha

Desmanchou muito casório

AUTORIA: Ricardo Bispo