sexta-feira, 16 de agosto de 2013

VEJO DEUS

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                               Vejo Deus
                               Na nuvem que corre no céu.

                               Vejo Deus
                               Na brisa que sopra meu rosto.

                               Vejo Deus  
                                No sorriso inocente                                                                                                                      

                               Vejo Deus
                               No murmúrio das ondas no mar.

                               Vejo Deus
                               No voo da andorinha livre no ar.

                               Vejo Deus
                               No findar do dia, na noite a chegar.

                               Vejo Deus
                               No desabrochar de uma flor.

                               Vejo Deus
                               Entre um homem e uma mulher.

                               Vejo Deus
                               No verdadeiro amor


Antônio Bispo
São Paulo, SP, 1971
 Do Livro NAS ASAS DA ESPERANÇA, ed; Clube dos Autores, pag.89/90

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A escritora que o Brasil esqueceu

O seu livro de estreia, Quarto de Despejo, publicada em 1960 teve tiragem inicial de dez mil exemplares (esgotados na primeira semana), e foi traduzido em 13 idiomas.





Carolina nasceu em Sacramento no dia 14 de março de 1914 e morreu em São Paulo em 13 de fevereiro de 1977.

Descoberta pelo  jornalista Audálio Dantas, Carolina Maria publicou também  Casa de Alvenaria (1961), Pedaços de Fome (1963), Provérbios (1963) e Diário de Bitita (1982), póstumo.

Sua obra é pautada pela denúnica social.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

NAS ASAS DA ESPERANÇA

Foi lançado o livro de poesia 'NAS ASAS DE ESPERANÇA' de Antônio Bispo (meu pai). Que além de poeta e matemático,é romancista.

Autor dos romances: Náufragos Corações, As aventuras de Neguinho Zé Cipó e Nando pelas ruas do México-70. Esse último em coautoria com o autor dessas linhas.

Meu pai, é um amante incorrigível dos livros. Leu muitos, vários autores. Agora chegou a hora de retribuir, de ser lido.


Bela capa; bela foto com a Ilha de Urubuqueçaba, ao fundo.

Não poderia haver melhor presente dos Dias dos Pais, quem conhece o seu Antônio, sabe disso.

Entrem no site da Editora e adquirem o seu exemplar:

https://www.clubedeautores.com.br/books/search?utf8=✓&what=antônio+bispo&sort&commit

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Até breve,molecão


Está confirmada a contratação do meia Bernard ao Shakhtar Donetsk da Ucrânia. Depois de brilhar na vitoriosa campanha do Atlético Mineiro na Copal Libertadores de América e a visibilidade com o título da Seleção na Copa das Confederações.

Por um contrato de 5 anos, o clube do leste europeu pagará 77 milhões de reais para o Galo de Minas. O Shakhtar é um dos clubes que mais tem brazucas em seu elenco. Num total de 11,além do brasileiro naturalizado croata , Eduardo da Silva.


Valeu Bernard,boa sorte na Europa


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Erros que são acertos



O Incrível Hulk é um dos ícones do Universo Marvel.

Inspirados nos clássicos literários Frankenstein de Mary Shelley e o Médico e o Monstro, de Robert L. Stevenson, o genial roteirista Stan Lee (criador de Homem-Aranha, Homem de Ferro, Poderoso Thor, Quarteto Fantástico entre outros) e o desenhista Jack Kirby criaram o Gigante Verde, um verdadeiro sucesso no mundo das HQ.

Hulk é uma criatura de força descomunal e inteligência limitada. Incompreendido pelo povo e perseguido pelas Forças Armadas.

Talvez o fato mais curioso e que poucos sabem é que uma das marcas inconfundíveis do herói, a sua cor esverdeada, foi o resultado de uma falha editorial.

Ao ser concebido, os seus criadores imaginaram um monstro cinza, porém por erro da gráfica a primeira HQ do herói, The Incredible (1962) chegou às bancas com a cor verde que acabaria consagrando-o.


Nessa primeira história o cientista Bruce Banner é atingido por uma radiação depois de salvar um jovem que invadiu a área secreta de uma base americana no deserto, onde testavam uma bomba de raio gama.

Com o tempo, os roteiristas atribuíram uma variação cromática relacionada a alterações de humor do Dr. Banner. A forma verde seria a mais forte e irracional e a cinza seria um Hulk menos potente fisicamente, contudo, intelectualmente mais desenvolvido.

Em 2003, a Marvel Comics lançou a edição Hulk: Gray (Hulk: Cinza) um sucesso de vendas.
(fonte Coleção Mundo Estranho, O guia curioso dos super herois, pág.20/21. São Paulo: Ed. Abril, 2012).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DE REPENTE, UM CORDEL


Cipriano Berinjela
Não me assunte, tô feliz
Conheci foi uma dunzela
Que até parece mis
Dei tanto beijinho nela
Que ela me pediu foi bis

Óia Joaquim Chicória
Tu virô foi iscritô
Anda inventano estória
Ou dintão tu caducô
Essa mis é Ana Glória
Na verdade é Nicanor

Sai de retro seu manhoso
Num venha mi difamá
Tua fama de invejoso
Já correu o Grão-Pará
Òia queu já tô nevroso
É meió ocê pará

Tô dizeno só verdade
Todo mundo sabe bem
A pura realidade
Num iscondu de ninguém
Essa mis, essa beldade
Eu num dô nenhum vintém

Ocê dá esse parecê
Puisquê ocê é um dismazêlo
Deus num quis fazer ocê
Nem Diabo quis fazê-lo
Num dianta iscondê
Issu é dô de cutuvelo

Eu sô feio, reconheçu
E bonito só tu é
Tudo bem que eu pareçu
O Chifrudim bebeno mé
Mas eu nunca tivi apreçu
Por hômi quase muié

Óia seu fucim de boi
Agora tu apelô
Vô contá comé qui foi
Nosso incontru de amô
E vai confessá depois
Qui sempre mi invejô

Num perca o seu tempinho
Esse incontro eu sei dicó
Procurô um lugazinho
E quandu ficaro a só
Deu beijim no pescocinho
Viu que ela tinha gogó

Tá ruim de amargá
Essa tua safadeza
Ana Glória é um ingá
Uma deusa, uma princesa
Café e broa de fubá
Vai morá na minha mesa

Viu qui tava no aperreio
Ai, Jesus que vou fazê?
Diz, vô atendê correio
E depois tentô corrê
Pois foi apalpá o seio
Era limão, tu pôde vê

Nessa tua ideia vã
Num tem um cabra que caia
Que peitão, que buzanfã
Que baita rabu de saia
As duas Sheila do Tchan
Misturada a Cláudia Raia

Quase qui mijo de ri
Com esse teu papim de pose
A sua lôra do Tchan
Tava mais pro Aquíssel Rose
E a morena e a Claudia Raia
Era só Roberta Close

Ocê num me ingana, não
Zé furico, presepêro
Oferece o tamarindo
Para quem passá primêro
Pru cabra que tu acha lindo
Abre a tampa-do-farinheiro

Já se sabe lá na roça
Tudo aquilo qui cê fez
Pegô ela deu uma coça
Uma, duas e três vez
Adepois cuma voz grossa
Ela berrô É MINHA VEZ

Autoria: Ricardo Bispo











quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um conto no canto


A chuva começava a cair e Esquerdinha se preocupou. A bola de couro com campo encharcado ficava mais pesada, pois absorvia muita água. Se tivesse falta perto da área pro Atlético Savóia bater, ele seria um dos que iriam pra barreira.

Aquela bola era bem melhor pra se jogar do que as de antigamente, o Dorme Sujo, centroavante coroa, que atua nos dois quadros, no principal e no veterano, asseverava:

- Essa de couro é costurada por dentro, não é como as de antes com amarração de cadarço por fora. E murchavam fácil. As de agora são caras, mas são boas e tem as bordas mais curvas na circunferência gerando menor tensão nas costuras quando chutadas. Além de tudo têm válvula de inflar internamente. - Dorme Sujo decorara e reproduzia sempre que surgisse a oportunidade a fala do vendedor da loja de artigos esportivos ao querer justificar o precinho salgado do artefato redondo.

Mas, que quando molhada a bola era o pesadelo dos goleiros e da turma da barreira, ah, isso era.

Península do Não-te-entendo

Contaminados pelo complexo de superioridade, os conquistadores europeus achavam que o mundo era seu quintal, dividiram a América e recortaram a África e depois brincaram de minha-mãe-mandou-escolher. Classificavam todos demais povos como atrasados, selvagens, tribais, pagãos e tudo quanto que é adjetivo desabonador. Eles eram os melhores, os evoluídos, os civilizados e nem se importavam com as gafes que cometiam (mostrando que não eram esse exemplo de cultura e erudição toda), como o erro crasso de chegar ao continente americano e julgar estar na Índia, chamando os nativos de índios e igualando povos de culturas, crenças e etnias tão diversas como os esquimós-aleútes,   Cherokees  e Moicanos da América Setentrional, os Aztecas, Maias e Zapotecas da América Central e os Incas, Mapuches e Tupinambás da América do Sul.
A paradisíaca Península de Yucatán, México

A Península de Yucatán, ao sul do Golfo do México, onde fica a paradisíaca Cancun é um exemplo do descaso que os conquistadores europeus tinham em relação a povos e culturas diferentes da sua.

Quando os espanhóis chegaram ao México no século XVI perguntaram aos nativos como se chamava aquele lindo lugar que haviam desembarcado.  

Os nativos, em sua própria língua, responderam algo que os exploradores entenderam como ‘Yucatán’ e assim batizaram a península sem desconfiar  que o que os nativos disseram na verdade foi: “Não te entendo”.


Exemplo clássico de etnocentrismo, ocasionando esse fato curioso. A Península de Yucatán, na língua nativa significa Península Não te entendo. 

ACENO DE MÃO DO ENTARDECER


Fotografia by Lígia Oliveira

Veja amor, nos braços do horizonte
É o Astro-Rei indo adormecer
No lençol do mar ele se esconde
É sublime o aceno de mão de entardecer

E o vento baila sussurrando os segredos
Da dama Noite que está prestes a chegar
Num carrossel ornamentado de estrelas
Vestido negro enfeitado de luar

E esse encanto... esse esplendor da natureza
Um cenário feito pelas próprias mãos de Deus
O Criador que inventou toda beleza
Só pros meus olhos derramarem-se nos seus

Ricardo Bispo