terça-feira, 22 de abril de 2014

ARTE POÉTICA: Porque todo poeta sente um vazio impreenchível


Como o raio rasga o céu
E a adaga rasga um véu
Seu sorriso insípido me rasgou ao meio



Uma de minhas partes desprendeu-se
E flanou... e vagou...Ao sabor da aragem
oriunda dos soluços da outra parte, a que ficou.
Fincada ao chão,
incompleta, inconclusa,chorosa
Saudosa da que partiu feito nuvem
Em trilha irreversível
E diuturnamente a poetizar
Tanto uma, quanto outra
No esforço vão de se recompletar

Mas poesia... a poesia é água cálida

Enche, quase transborda...
E quando julgo plena a borda


Evapora-se...
Evapora-s..
Evapora-.

AUTORIA: Ricardo Bispo

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