quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Península do Não-te-entendo

Contaminados pelo complexo de superioridade, os conquistadores europeus achavam que o mundo era seu quintal, dividiram a América e recortaram a África e depois brincaram de minha-mãe-mandou-escolher. Classificavam todos demais povos como atrasados, selvagens, tribais, pagãos e tudo quanto que é adjetivo desabonador. Eles eram os melhores, os evoluídos, os civilizados e nem se importavam com as gafes que cometiam (mostrando que não eram esse exemplo de cultura e erudição toda), como o erro crasso de chegar ao continente americano e julgar estar na Índia, chamando os nativos de índios e igualando povos de culturas, crenças e etnias tão diversas como os esquimós-aleútes,   Cherokees  e Moicanos da América Setentrional, os Aztecas, Maias e Zapotecas da América Central e os Incas, Mapuches e Tupinambás da América do Sul.
A paradisíaca Península de Yucatán, México

A Península de Yucatán, ao sul do Golfo do México, onde fica a paradisíaca Cancun é um exemplo do descaso que os conquistadores europeus tinham em relação a povos e culturas diferentes da sua.

Quando os espanhóis chegaram ao México no século XVI perguntaram aos nativos como se chamava aquele lindo lugar que haviam desembarcado.  

Os nativos, em sua própria língua, responderam algo que os exploradores entenderam como ‘Yucatán’ e assim batizaram a península sem desconfiar  que o que os nativos disseram na verdade foi: “Não te entendo”.


Exemplo clássico de etnocentrismo, ocasionando esse fato curioso. A Península de Yucatán, na língua nativa significa Península Não te entendo. 

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