segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Carnavalização e Demagogia


O Carnaval é demarcado simbolicamente pela ruptura da ordem das coisas com a inversão da pirâmide social.

É o Reino do Absurdo.

Onde diaristas e garis se vestem de reis e rainhas e brilham ao aplauso dos bem aquinhoados nessa festa tresloucada.

Mas é um reinado efêmero.

Passado o trioduo momesco, a vida retoma o seu ritmo comezinho e todos se ajustam ao respectivo status quo.

É por essa ótica, a da carnavalização, que vejo a atitude do prefeito recém empossado em São Paulo, Capital.

Ele, um bem aquinhoado, fantasiado de gari na passarela da ilusão demagógica, no rufar dos tambores, sob a retórica metaforica do samba-do-crioulo-doido no enredo sem pé, nem cabeça de um gestor público a-político.

 Porém a Apoteose não tarda a chegar e João Dória Jr. voltará ao seu papel real de almofadinha milionário.

Alguém, talvez, clamará na batida solene do surdo de primeira de que o que vale é a nobre intenção.

Aí lembro da Vovó Senhorinha:

De boa intenção, superlotado está o inferno.

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