Tomai a si, oh, quiromante
Espalmada a minha mão
Cada ranhura espiralada
Jaz um verso, uma canção
Minha mão é minha alma
Fiel espelho do meu ser
Velha cigana vá com calma
Belas cousas há de ler
No pergaminho da epiderme
Versos em linha helicoidal
Concretismo biológico
Que resplendor... um recital
Lembra um mapa hidrográfico
Afluentes rumo à foz
Cada linha, cada verso
Em sinuosos caracóis
Konstantin Simonov
E o Catulo da Paixão
Também tem Éle Semog
Na palma de minha mão
Meireles e Kiril Kadiisky
Drummond e Mário Quintana
Domeneck e Leminsky
Recitava a velha gitana
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DÊ O SEU PITACO