Está em fase de acabamento o livro onde relaciono sambas de Nei Lopes com conteúdos da disciplina de História.
Coloco minha visão de pedagogo (não sou historiador), mas ponho também a visão de compositor, porque gosto quando um compositor fala de outro.
Há uma idiossincrasia em comum, uma intersubjetividade que só quem é compositor consegue entender. É de poeta para poeta. O que uns chamam de 'papo de compositor'.
Por isso também logo no início do livro mostro poetas consagrados falando da pessoa do Nei: Aldir Blanc, Zeca Pagodinho, Hermínio Bello de Carvalho.
A ideia do livro, que se chamará O ABC DE NEI LOPES: o samba na sala de História
surgiu à época em que eu e Renata Carvalho de Sousa Freitas, efetuávamos uma
pesquisa a ser aplicada em nosso Trabalho de Conclusão de Curso para a
Licenciatura em Pedagogia,“Na cultura
afro-brasileira uma aplicação: o samba que se aprende na escola (uma estratégia
didática voltada ao ensino fundamental)”.
Foi impressionante a quantidade de sambas de Nei Lopes em nossa lista, figurando em quase todas as disciplinas da grade curricular, principalmente Língua Portuguesa e claro, História.
Quem quer que tenha o privilégio de conhecer pessoalmente o Nei captará uma aura professoral a lhe envolver.
E esse ar de educador eu já tinha percebido nele, via email, antes de conhecê-lo pessoalmente. Bem antes de surgir a ideia de escrever um livro paradidático calcado em sua obra.
Como de costume, partilhei com ele a letra de um samba que eu acabara de compor e ele, com um didatismo próprio dos mestres, corrigiu o refrão,onde eu dava uma escorregadela cacofônica. O nome do samba é 'Primeiro de Abril', e o refrão em forma de dístico era esse:
'Num primeiro de Abril
Quem aqui nunca caiu?'
Veja trecho do email enviado pelo Mestre:
Foi impressionante a quantidade de sambas de Nei Lopes em nossa lista, figurando em quase todas as disciplinas da grade curricular, principalmente Língua Portuguesa e claro, História.
Quem quer que tenha o privilégio de conhecer pessoalmente o Nei captará uma aura professoral a lhe envolver.
E esse ar de educador eu já tinha percebido nele, via email, antes de conhecê-lo pessoalmente. Bem antes de surgir a ideia de escrever um livro paradidático calcado em sua obra.
Como de costume, partilhei com ele a letra de um samba que eu acabara de compor e ele, com um didatismo próprio dos mestres, corrigiu o refrão,onde eu dava uma escorregadela cacofônica. O nome do samba é 'Primeiro de Abril', e o refrão em forma de dístico era esse:
'Num primeiro de Abril
Quem aqui nunca caiu?'
Veja trecho do email enviado pelo Mestre:
Veja como ficou o refrão depois da dica do educador Nei Lopes e aproveitem analisem a letra do samba na íntegra:
Num primeiro de abril
Todo mundo já caiu BIS
Num primeiro de abril
Todo mundo já caiu
Agraciado pelas mãos da natureza
Berço esplêndido, sem catástrofes e sem peste
E o que dizer da dengue e febre amarela
Deslizamentos e da seca do Nordeste
Apascenta sua rês com outra cantiga
Porque essa é muito antiga
Qual rebanho vai dormir? REFRÃO
A sua ideologia é pura simbologia
Chegou a vez de se assumir
BIS
Viver nesse país é tão legal
Vigora a tal democracia racial
Peguei meu carro importado, saí para dar um rolé
Me perguntaram se eu era o chofer
REFRÃO/ BIS
Mas a índole mansa e pacífica
Dessa gente sem um gene violento
Votaram numa atitude cívica
Disseram “não” para o desarmamento
REFRÃO
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