O que será da metáfora
desprovida de sua
referencialidade?
Nada, assim como nada, sou eu
sem o seu sorriso imanente
e sem o silêncio loquaz que se
interpõe
no intervalo que há entre um e
outro beijo
e o hiato que se eterniza brevemente
nesse silêncio
Metáfora não é ornamento
textual na concretude das palavras
A metáfora é transcendência,
palavras em orgasmo,
aspecto visível e corpóreo do riso das estrelas
a metáfora é um pássaro ébrio
hesitando em voar
Com
palavras descrevo a realidade
e com
silêncios, redescrevo-a
quem discernirá a metáfora inscrita implicitamente no silêncio
de meu mundo
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